Ponto de não retorno, 2007
PAL, cor / preto e branco, sonoro, 9 minutos.
Museu de Arte Contemporânea do Funchal, 2007
Os nove últimos fotogramas de um filme Super-8 são dilatados para nove minutos. Ao chegar ao fim da película, a imagem é expelida, retirada, deixa de estar… mas volta, apenas como uma vaga impressão de luz.
Não podemos regressar a um instante vivido porque o tempo avança sem interrupção, mas fazemo-lo através das imagens. Esse momento do filme retorna insistentemente ao princípio, num movimento contraditório a que o título se refere. (Superstição do eterno retorno)
A sequência, expandida, toca dois pontos ou extremidades. Início e final integram um mesmo processo: uma zona de interstício. Ao contrário da memória, a imagem permite-nos retomar o ponto de partida de um acontecimento qualquer, entre a precariedade do instante irrepetível e a ontologia de um impulso suspensivo.
ponto from Vítor Magalhães on Vimeo.
